Médica examinando uma paciente com seu estetoscópio. Sua paciente não aparenta sentir muita dor, mas apresenta certo desconforto.

Tudo sobre neurocirurgia infantil e neurocirurgia pediátrica

O neurocirurgião pediátrico é responsável por diagnosticar e tratar doenças neurológicas em crianças e adolescentes, como tumores, cistos e deformidades.

Geralmente, as doenças acometidas em crianças tem cunho estruturação/formação, ou seja, não é como de adultos ocorridos por desgastes (hérnia de disco, lombalgia).

A neurocirurgia infantil é consideravelmente mais delicada, pois os riscos são maiores, já as crianças possuem suas estruturas nervosas ainda em desenvolvimento. Por isso, é essencial contar com um bom neurocirurgião pediátrico, tanto para diagnóstico como para tratamento.

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O que faz o neurocirurgião pediátrico?

O neurocirurgião pediátrico se dedica ao cuidado dos recém-nascidos, bebês, crianças e adolescentes. Suas atividades podem ser nomeadas por neurocirurgia pediátrica.

Esta é uma área especial, pois o neurocirurgião pediátrico precisa ter uma abordagem diferente: deve conseguir se comunicar de forma adequada com as crianças e com os familiares das crianças, e ter toda uma dinâmica diferente de trabalho. 

Além disso, diversas doenças costumam ocorrer predominantemente em crianças e outras doenças são mais comuns em adultos. Abaixo vamos mencionar algumas tratadas pelo neurocirurgião pediátrico.

5 principais doenças tratadas por neurocirurgião pediátrico

As principais doenças que o neurocirurgião pediátrico cuida são:

  • Cranioestenoses (craniossinostoses)

Criança com Escafocefalia, o tipo mais frequente de Cranioestenose. Reparem que a sutura sagital encontra-se “fechada”. Fonte: Center of Diseases Control and Prevention www.cdc.gov

Cranioestenoses são doenças do desenvolvimento do crânio. Nesta situação, a criança já nasce com uma ou mais suturas (juntas) dos ossos do crânio fechadas. 

Isto prejudica o crescimento correto e harmônico do crânio da criança, podendo , também, prejudicar o desenvolvimento cognitivo. Ainda, é natural que o formato da cabeça da criança possa ser afetado, como na foto mostrada acima. 

O tipo mais comum de cranioestenose é a Escafocefalia. Nesta cranioestenose, a criança apresenta o formato do crânio mais alongado no sentido ântero-posterior (de frente para trás) e mais achatado no sentido latero-lateral. 

  • Hidrocefalias em Crianças

A ocorrência de hidrocefalia em crianças é muito comum. Hidrocefalia se refere ao acúmulo de líquido (líquor) anormal e em excesso dentro da cabeça das crianças. As principais causas de hidrocefalia são prematuridade e infecções nas crianças.

  • Cistos de Aracnóide

O cérebro das crianças (e dos adultos) é revestido por membranas. A membrana mais externa é a dura-máter, a mais interna é a pia-máter e a membrana intermediária é a aracnóide. 

Entre a pia-máter e a dura-máter, existem verdadeiras “través” de aracnóide e o espaço entre elas é preenchido por líquor (líquido cerebrospinal). Ocorre que existem regiões que estas traves podem formar verdadeiros cistos, com líquor em seu interior. 

Estes cistos podem formar mecanismo de válvula e ir acumulando líquor em seu interior, assim, estará formado um Cisto de Aracnóide. 

Os cistos de aracnóide podem apresentar grandes tamanhos, com compressão do cérebro da criança e consequentemente ocorrer atraso no desenvolvimento neuropsicomotor.

  • Lipomas Espinhais

Os lipomas espinhais ocorrem em crianças, geralmente na região lombosacra (região próxima ao cóccix). O tecido malformado pode começar a infiltrar e comprimir as raízes neurais lombossacras, gerando dificuldade de marcha e alterações urinárias nas crianças.

  • Tumores Cerebrais nas Crianças

As crianças apresentam, infelizmente, uma frequência alta de tumores cerebrais. Os principais tumores são os gliomas, os tumores da região da pineal, os craniofaringiomas, os tumores de células germinativas e os tumores embrionários. 

No link abaixo, você poderá encontrar mais informações sobre tumores cerebrais nas crianças e então entrar em contato com o neurocirurgião pediátrico:

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O neurocirurgião pediátrico irá sempre recorrer à cirurgia?

Mão e filho no consultório de um neurocirurgião pediátrico. A mãe segura seu filho, de aproximadamente 2 anos, em pé sobre a cama, enquanto a doutora anota informações.

O neurocirurgião pediátrico poderá cuidar com expertise de diferentes casos.

Não necessariamente. Por ainda ainda estar desenvolvimento o sistema nervoso, cirurgias em crianças possuem mais risco devido a sangramentos, por exemplo, por isso, há casos em que o neurocirurgião pediátrico irá preferir um acompanhamento a longo prazo, se não houver emergência, é claro.

Por esse mesmo motivo, o tratamento ideal deve ser estritamente indicado por um neurocirurgião pediátrico, pois este é o profissional com expertise para tal indicação e análise de caso.

De toda forma, qualquer tomada de decisão deve ser conversada com os familiares, apresentando os possíveis riscos e opções.

Possíveis tratamentos da neurocirurgia infantil

Alguns dos tratamentos que poderão ser realizados pelo neurocirurgião pediátrico, são:

  • Microcirurgias para Tumor Cerebral: utilizado, principalmente, para ressecar tumores intracranianos.
  • Cranioplastias e correção da cranioestenose: geralmente utilizado como tratamento estético e melhor funcionamento do cérebro. 
  • Neuroendoscopia: utilizado para uma série de diagnósticos, como retirada de cistos e ressecção de tumores intraventriculares.

O que o neurocirurgião pediátrico não trata especificamente?

Geralmente, doenças neurológicas não são tratados por neurocirurgião pediátrico, tais como:

  • Crises convulsivas
  • Autismo;
  • TDAH

Para esse tratamento, é recomendado um psicólogo e/ou psiquiatra. No entanto, é possível realizar uma consulta e entender se o caso em questão é de aprendizagem ou realmente é uma questão nervosa e/ou de formação craniana.

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Gostou de saber mais sobre o que faz o neurocirurgião pediátrico e quais as doenças tratadas pela neurocirurgia pediátrica? 

Fique de olho nos demais conteúdos do blog, e para qualquer dúvida ou dor, entre em contato conosco. 🙂

Este texto foi produzido pelo Dr Thiago Rodrigues, Neurocirurgião, CRM 140571, RQE 59016.

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