Polineuropatia Diabética (dor no paciente diabético)

O diabetes é uma doença muito comum em nosso meio, sendo a dor também bastante comum. Desta forma, espera-se que a associação de pacientes com diabetes e dor ocorra de forma importante em nosso país. Porém, a dor além de estar associada ao diabetes, pode ser causada direta ou indiretamente pelo próprio diabetes. Em outras palavras, o paciente com diabetes pode ter qualquer tipo de dor assim como o resto da população e além disso, pode apresentar quadros dolorosos decorrentes do diabetes.

Quais são os tipos de dores decorrentes do diabetes?

Caracteristicamente, o diabetes pode desencadear um quadro de dor simétrica e bilateral nas extremidades, iniciando pelas pernas, a chamada polineuropatia diabética (neuropatia simétrica distal). Este quadro inicia-se com sensação de formigamento e amortecimento dos pés (sensação de estar pisando em algodão quando ao caminhar) e sensação ruim nos pés (disestesia). Muito característico é a dor que ocorre com o simples toque (alodinia) geralmente com o esfregar de um lençol nos pés descalços do paciente ao sono. Os sintomas tendem a ir subindo pelas pernas com o passar do tempo e com a evolução da doença. Ocorre, associado ao quadro, a perda de outras modalidades de sensação tornando o pé bastante vulnerável a quadro de infecções e lesões, o chamado pé diabético.

Como se faz o diagnóstico de polineuropatia diabética dolorosa?

O diagnóstico é baseado na história clínica e no exame físico. Muitas vezes os sintomas de polineuropatia antecedem o diagnóstico de diabetes. Em alguns casos, pode-se lançar mão de um exame complementar chamado eletroneuromiografia (ENMG) com o objetivo de melhor caracterizar o quadro e avaliar a gravidade.

Como é o tratamento da polineuropatia diabética?

A principal medida é o controle rigoroso da glicemia, o que evita a piora progressiva do quadro. Além disso as medidas de controle adequado e higienização dos pés são fundamentais pois existe um risco grande de evolução com infecção e lesão dos pés devido a falta de sensibilidade somada a ocorrência de anormalidades na circulação sanguínea.

As medidas farmacológicas tópicas são de grande valia nestes casos, com o uso de cremes com medicações que podem ajudar. Além disso o uso de terapia farmacológica oral é bastante eficaz na maioria dos casos.

Nos casos refratários ao tratamento tópico e oral farmacológicos, uma opção com grau de evidência I na literatura (comprovadamente eficaz, sem dúvida) é a estimulação medular. A estimulação medular além de melhorar a dor nestes casos, melhora também a perfusão do membro inferior contribuindo inclusive para a melhora das lesões do pé diabético.

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