Metástase cerebral é tratada como um tumor secundário, advindo de pacientes acometidos pelo câncer, considerando que, aproximadamente 20 a 40% dos casos cancerígenos ocasionam a doença secundária da metástase.
Atualmente existem diagnósticos e tratamentos mais e menos agressivos, pensando na melhoria do quadro geral do paciente, mas também na qualidade de vida.
Ainda, as metástases cerebrais acabam sendo mais comuns do que tumores primários do sistema nervoso central (SNC), por isso, é importante conhecer os sintomas e, principalmente, contar com o acompanhamento médico para diferenciar e diagnosticá-los corretamente.
Quanto à taxa de mortalidade da doença, é considerada bastante alta, então, quanto antes tratar, melhor.
Quer conhecer mais sobre o que é metástase cerebral e seus sintomas? Então, continue a leitura!
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O termo metástase quer dizer implante de um tumor à distância. No caso dos tumores cerebrais, isso ocorre quando algum tumor no organismo solta pequenos fragmentos microscópicos, que através da corrente sanguínea, se implantam no cérebro.
Ou seja, uma metástase cerebral é um tumor que não nasceu no cérebro, apenas se implantou ali.
Na maioria das vezes, o tumor primário já originou metástases para diversos órgãos (fígado, pulmão e linfonodos) quando ocorre a metástase cerebral. Porém, em alguns casos, pode ocorrer uma metástase cerebral isolada, como na imagem abaixo:
Dentre todos os tumores cerebrais, as metástases são as mais frequentes. Existem tumores que apresentam uma certa tendência a gerar metástases cerebrais e desta forma, alguns tipos histológicos de tumores são bastante frequentes nas metástases cerebrais, são eles:
Os tumores de pulmão apresentam uma tendência importante para gerar metástases cerebrais. Quase a metade de todas as metástases cerebrais são decorrentes dos tumores pulmonares. Algumas vezes a metástase cerebral pode ser o primeiro sintoma de um tumor de pulmão.
Muito frequente nas mulheres (pode ocorrer em homens, em raros casos). É o segundo tipo histológico mais comum.
As metástases cerebrais de tumores renais geralmente ocorrem após as metástases renais para o pulmão. Desta forma, a concomitância de tumor cerebral, com tumor pulmonar e tumor renal geralmente indica que o sítio primário é renal.
Raramente ocorre metástase isolada. Geralmente o acometimento cerebral é tardio.
Os tipos mais frequentemente de metástases cerebrais são 3, veja:
Destes, o melanoma é o tumor com maior propensão a metástase.
Os principais sintomas que as metástases cerebrais ocasionam são as crises epilépticas (35%) e a dor de cabeça (sintoma inicial em 40 a 50% dos pacientes).
A depender da região que a metástase cerebral está acometendo, podem ocorrer sintomas como:
Algumas vezes, o paciente não sabe que apresenta qualquer tumor, e estes sintomas mencionados acima levam a uma investigação de imagem, no caso tomografia ou ressonância de crânio.
Outras vezes, o paciente sabidamente apresenta algum tumor (particularmente o tumor de pulmão) e durante exames de rotina dos pacientes com estes tumores, descobre-se a metástase cerebral.
Aproximadamente 65% dos pacientes apresentam algum grau de declínio cognitivo. Ainda, a apresentação clínica com início súbito indica uma possível metástase hemorrágica, dentre as quais as mais comuns são: melanoma, coriocarcinoma e carcinoma de células renais.
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Os sintomas mencionados levam a uma investigação com tomografia ou ressonância e, nestes exames, aparece uma lesão.
Pode ocorrer de ser uma coincidência, como em que a lesão cerebral seja outra coisa, sem relação com o tumor primário, ou pode ser uma metástase cerebral propriamente dita.
Existem diversos aspectos a serem considerados nesta situação, incluindo:
Quando encontramos uma lesão única, a chance de ser metástase diminui. Geralmente quando diagnosticamos uma metástase cerebral, o paciente já apresenta duas ou mais metástases cerebrais.
Nos casos duvidosos, uma biópsia cerebral pode ajudar a responder esta questão. Está biópsia pode ser aberta ou biópsia estereotáxica. Na biópsia aberta, realiza-se um corte na pele e uma craniotomia (abertura no osso do crânio) para que o neurocirurgião possa acessar o cérebro.
Na biópsia estereotáxica, através de um pequeno orifício, e através de diversos cálculos matemáticos e uso auxiliar de imagens, consegue-se avançar uma agulha fina até o tumor a ser biopsiado.
De forma geral, sobre o diagnóstico das metástases cerebrais, poderão ser solicitados exames como:
O RM, inclusive, pode diagnosticadas metástases não detectadas pela TC.
O tratamento deve ser feito de maneira individualizada. Questões como o estado geral do paciente e a expectativa do paciente contam muito no momento da decisão de tratamento.
Existem situações que mesmo diante de uma metástase cerebral, o paciente pode ser curado, e nestes casos, busca-se a todo custo o tratamento curativo. Porém, existem cenários nos quais é impossível a cura, e desta forma, o foco passa a ser a qualidade de vida e a dignidade dos pacientes.
Dentre as opções de tratamento, temos:
Ainda, o tratamento do tumor primário também deve ser realizado, utilizando-se quimioterapia em muitas ocasiões.
Dentre tantos tratamentos, não devemos esquecer que o foco deve ser no paciente como um todo, e não no tumor ou na metástase.
Desta forma, o apoio psicológico, as orientações, o tratamento de outros sintomas como ansiedade e depressão, são tão importantes quanto as terapias específicas que estão citadas acima.
Não há resposta certa para essa pergunta, já que a evolução ou melhoria da metástase cerebral depende bastante do tumor primário do paciente. Quando há maior controle e sinais de melhora no tumor primário, a chance de cura em metástase cerebral também é maior.
Não existe nada que tenha maiores chances de curar um paciente que a microcirurgia, no caso das metástases. Porém, nas lesões mais profundas e pequenas, às vezes se torna bastante difícil a microcirurgia.
Nestes casos, damos preferência para a radiocirurgia (lesões menores que 15 mm e profundas). Em casos de lesões múltiplas (três ou mais lesões), a radiocirurgia se torna uma ferramenta mais adequada.
A radiocirurgia, apesar de parecer não invasiva, apresenta diversos riscos. Por exemplo, após a irradiação, a metástase tende a aumentar de tamanho (inchar) e nestas situações, se o paciente já apresenta hipertensão intracraniana, pode ocorrer uma deterioração neurológica irreversível.
Além disso, após a irradiação, pode ocorrer a formação da chamada Radionecrose, que atrapalha bastante o tratamento.
Por todas estas situações, as decisões de tratamento nos pacientes com metástases cerebrais são delicadas e devem ser compartilhadas com os pacientes e familiares dos pacientes.
As metástases cerebrais são a fase final de diversos tumores, ou seja, são uma frequente causa de óbito na população. Os familiares devem ser orientados das possíveis evoluções e devem estar preparados para saber o que fazer nos momentos oportunos.
Saber que os períodos de confusão mental podem ocorrer, que são frequentes as alterações comportamentais e as crises epilépticas. Todos devem participar desta fase, incluindo os profissionais da saúde e os familiares.
Algumas dúvidas podem ter surgido, confira se a sua está nos tópicos abaixo:
Depende bastante dos sintomas. Será necessário conversar com o médico responsável pelo tratamento e diagnóstico. Em casos avançados, o ideal é não dirigir, evitando piores acidentes.
A sugestão é que o paciente não deixe de realizar suas consultas periódicas. Com o acompanhamento profissional, com a volta da doença o tratamento será mais assertivo. Por isso, procure seu médico.
Marque sua consulta com um profissional no assunto
O tratamento de metástase cerebral envolve medicamentos e tratamentos que podem ser invasivos. Sempre deixe claro ao seu médico qual a sua experiência a respeito do tratamento.
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Para conhecer mais sobre as doenças tratadas por neurologistas e outras, é só dar uma lida nos artigos. 🙂
Este texto foi produzido pelo Dr Thiago Rodrigues, Neurocirurgião, CRM 140571, RQE 59016.