O que é polineuropatia: causas, sintomas e tratamento

A polineuropatia é uma condição neurológica complexa que afeta múltiplos nervos periféricos, resultando em uma variedade de sintomas que impactam a qualidade de vida dos pacientes. 

Neste post, exploraremos o que é a polineuropatia, suas causas, tipos, sintomas característicos e estratégias de tratamento. Boa leitura! 🙂

o que é polineuropatia?

Polineuropatia é uma condição médica de origem crônica e inflamatória caracterizada pelo comprometimento simultâneo de múltiplos nervos periféricos e raízes nervosas, diferentemente na mononeuropatia, que atinge apenas um nervo.

Portanto, é causada uma disfunção simultânea e que evolui lentamente. Inclusive, ela pode ser classificada conforme o tempo de evolução.

A polineuropatia  pode resultar em uma variedade de sintomas motores e sensitivos, como fraqueza muscular, dormência, formigamento e dor, uma vez que são os nervos periféricos responsáveis pela transmissão de informação entre o sistema nervoso central e o restante do corpo.

Mas o que causa polineuropatia?

A polineuropatia possui várias possíveis causas, ainda que a mais comum seja a polineuropatia diabética, ou Diabetes Mellitus – tipo 2 e descontrolada, devido ao  alto nível de glicose no sangue ao longo que, com o tempo, danifica os nervos. 

Para pacientes que possuem diabete, é de extrema importância estar atento aos nervos, já que a doença causa também mononeuropatia e mononeuropatia múltipla.

No entanto, outras causas comuns são:

• Doenças Autoimunes: polineuropatia causada por inflamação e destruição da bainha de mielina dos nervos das pernas e braços, exemplo:  síndrome de Guillain-Barré.
• Doenças hereditárias: principalmente neuropatias hereditárias, como a  doença de Charcot-Marie-Tooth, no qual atrofia os músculos inferiores.
• Infecções: Infecções virais ou bacterianas, como o vírus da herpes, podem desencadear a doença, como doença de Lyme, HIV e difteria.
• Exposição a Toxinas: Exposição a substâncias tóxicas, como metais pesados ou certos medicamentos, pode causar danos aos nervos, gerando não só mas inclusive a polineuropatia.
• Deficiências Nutricionais: Certas deficiências vitamínicas, como vitamina B12, podem levar ao quadro.
• Câncer: a depender do quadro, é possível lesionar os nervos, causando mono ou polineuropatia.

Além disso, práticas do dia a dia também podem potencializar ou causar a polineuropatia, dentre eles vemos o alcoolismo e medicamentos bastantes específicos, como antibióticos, quimioterápicos e anticonvulsivantes. 

No quadro da polineuropatia esteja atento, considere condições inflamatórias, infecciosas, hereditárias etc. Consulte um profissional e entenda o quadro de saúde perfeitamente.

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Quais são os tipos de polineuropatia

Aqui, explicaremos 5 tipos de polineuropatia, suas causas e sintomas. Veja as diferenças entre eles e a relação com as causa mencionadas acima:

• Polineuropatia Aguda

Se desenvolve de maneira súbita e rápida. Pode ser causada por várias condições, incluindo infecções, toxinas ou reações autoimunes.

Os sintomas surgem rapidamente e podem incluir fraqueza, dormência, formigamento e, em casos graves, paralisia. A gravidade pode variar de pessoa para pessoa.

• Polineuropatia Aguda Simétrica

Similar à polineuropatia aguda, a simétrica envolve o comprometimento simultâneo de múltiplos nervos periféricos, com sintomas que afetam ambos os lados do corpo de forma bastante semelhante.

Pode ser desencadeada por infecções virais, reações autoimunes ou exposição a toxinas.

• Polineuropatia Desmielinizante Crônica

Caracteriza-se por danos crônicos à mielina, a camada isolante que envolve os nervos. Assim, a condução nervosa é prejudicada.

Os principais sintomas deste tipo são mais musculares e sensoriais, como fraqueza muscular, dormência, formigamento e problemas de coordenação. A evolução da condição é geralmente mais lenta em comparação com formas agudas.

• Polineuropatia Axonal Crônica

Neste caso, há danos crônicos às fibras nervosas (axônios), afetando a transmissão de sinais entre os nervos periféricos e o sistema nervoso central.

Geralmente, os sintomas incluem fraqueza progressiva, perda de sensação e problemas motores. Pode ser associada a condições como diabetes ou deficiências nutricionais.

• Polineuropatia Amiloidótica Familiar

Trata-se de uma condição hereditária na qual proteínas anormais (amiloides) se acumulam nos tecidos e órgãos do corpo, incluindo os nervos periféricos.

Pode resultar em disfunção progressiva dos nervos, levando a problemas motores, sensoriais e autonômicos. A doença é causada por mutações genéticas transmitidas de geração para geração.

Cada tipo de polineuropatia possui características distintas em termos de causa, sintomas e evolução. O diagnóstico e o tratamento específicos dependem da identificação correta do tipo de polineuropatia, que deve ser realizado com um neurocirurgião.

Sintomas Gerais de polineuropatia

Ao explicarmos os tipos de polineuropatia, mencionamos uma série de sintomas que se manifestam em cada quadro específico, por isso, aqui você encontrará os principais e gerais sintomas crônicos e/ou agudos do quadro:

• Sintomas sensoriais
• Alteração na sensibilidade ao toque, temperatura e dor, seja com a hipersensibilidade ou ausência dela;
• Incapacidade de sentir vibrações ou a posição dos membros superiores, inferiores e articulações;
• Dormência e formigamento que geralmente se iniciam nas extremidades dos pés e mãos;
• Queimação nos nervos.

 

• Sintomas musculares
• Problemas para coordenar movimentos, o que pode afetar a destreza manual e a marcha;
• Dor, leve a intensa. Pode ocorrer como pontadas, queimação ou lancinante;
• Atrofia muscular por falta de estimulação nervosa;
• Dificuldade em manter o equilíbrio;
• Dificuldades respiratórias;
• Fraqueza muscular.
• Sintomas autônomos (sistema nervoso) – Ainda menos que comum
• Problemas gastrointestinais;
• Diarréia ou constipação;
• Incontinência urinária;
• Sudorese em excesso;
• Impotência sexual;
• Hipertensão;
• Tonturas.

É possível que os sintomas se manifestam bilateralmente simétricos e predominantemente distais atingindo ambos os pés e/ou mãos, ou seja, potencializa ainda mais a sensação e o desconforto de quem sofre com a doença;

Lembrando que os sintomas da polineuropatia poderão variar de intensidade, duração e resposta ao tratamento conforme a extensão e gravidade do dano nervoso. 

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Diagnóstico de polineuropatia

O diagnóstico da polineuropatia geralmente envolve uma coleta ampla. Incluindo:

• Anamnese, ou história clínica pessoal e familiar

• Exame físico para avaliar sintomas musculares e sensoriais, principalmente

• Testes específicos, como eletroneuromiografia e exames de sangue para avaliar a presença de condições subjacentes.

• Exames de Imagem podem ser usados para descartar compressões nervosas, tumores ou outras anormalidades estruturais, dentre eles se destacam   ressonância magnética (RM) ou tomografia computadorizada (TC).

Quanto antes diagnosticado e tratamento, mais eficaz são os resultados.

Tratamento para polineuropatia

O tratamento para polineuropatia irá depender de alguns fatores, como tipo, causa subjacente, histórico de saúde e gravidade do quadro.  Em alguns tratamentos, é indicado anteriormente o controle de condições subjacentes e depois a polineuropatia, por exemplo. 

Dentre os principais tratamentos para polineuropatia estão:

• Medicamentos para Alívio da Dor, incluindo analgésicos, anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e medicamentos específicos para neuropatia, como gabapentina ou pregabalina.

• Fisioterapia e Reabilitação para melhora da força muscular, coordenação,  mobilidade e prevenção da atrofia muscular.

• Gestão da Sensação e Dormência, com uso de meias acolchoadas, calçados confortáveis e cuidados regulares com os pés, por exemplo.
• Tratamento nutricional em caso de deficiências nutricionais e Controle Glicêmico (no caso de Neuropatia Diabética).

Em situações em que há disfunção autonômica, podem ser prescritos medicamentos para controlar sintomas como hipotensão ortostática, disfunção gastrointestinal e problemas urinários.

Além disso, o acompanhamento regular com profissionais de saúde é essencial para monitorar a progressão da polineuropatia e ajustar o plano de tratamento conforme necessário.

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