Antigamente, a epilepsia era considerada uma doença sobrenatural, pois não havia diagnóstico, portanto, não existia tratamento. Até que Hipócrates descobriu sua causa e desmistificou os rumores.
Atualmente, com o diagnóstico e tratamento possível, a vida dos pacientes que possuem a condição pode ser totalmente normal, podendo alcançar até mesmo a cura, contanto que todo o processo seja realizado o mais rápido possível.
Segundo a OMS, 1% da população em geral, ou seja 1 em cada 100 brasileiros, possui epilepsia. Assim, se você possui ou conhece alguém que sofre com a condição marque sua consulta, também continue com a leitura deste artigo. 🙂
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Boa leitura!
Epilepsia trata-se de uma alteração funcional temporária e, também, reversível no cérebro devido a uma descarga anormal emitida pelos neurônios. Caracteriza-se, portanto, como uma condição neurológica que gera a “crise de epilepsia”, podendo se repetir em intervalos variáveis.
É possível que a epilepsia ocorra em apenas uma parte do cérebro (epilepsia parcial) ou no órgão todo (epilepsia total)
A epilepsia pode ser uma condição bastante desconfortável e perigosa, mas que possui cura. Por isso, é tão importante se atentar aos sintomas e prevenir o avanço e piores consequências físicas, psicológicas e sociais.
Já imaginou ter uma crise de epilepsia devido ao riso? Pois é, a epilepsia gelástica é o diagnóstico desse quadro.
Este tipo de epilepsia também é considerada como uma convulsão que afeta os lobos temporais, lobo frontal e o hipotálamo. E, assim como os outros tipos, trata-se de uma atividade elétrica anormal que se propaga para a parte emocional do cérebro (sistema límbico) e para o tronco encefálico.
Uma possível causa para a epilepsia gelástica é o Hamartoma Hipotalâmico.
Uma curiosidade: o coringa, filme estrelado por Joaquin Phoenix, possui um distúrbio bastante parecido com a epilepsia gelástica, podendo ser um quadro da doença.
A epilepsia pode ser causada por diferentes motivos, dentre eles estão lesão cerebral, infecção, uso excessivo de drogas e bebidas alcoólicas e neurocisticercose (comumente conhecido por “ovos de solitária”).
Além disso, a idade também é um fator que faz a causa da epilepsia variar. Em crianças, por exemplo, a anóxia neonatal é uma causa frequente para o desenvolvimento da condição.
Já em adultos e idosos, doenças como AVC e tumores cerebrais são comuns causadores, assim como traumas.
Em geral, os fatores de risco de epilepsia podem ser:
A epilepsia pode indicar que há algo incorreto com o funcionamento cerebral e, para isso, é importante realizar um acompanhamento com um neurologista e investigar com assertividade o fator causador em cada quadro específico.
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Existem diferentes tipo de epilepsia, vamos falar sobre os 2 principais e algumas de suas ramificações logo abaixo:
Simples: neste tipo de epilepsia o paciente distorce a percepção sobre si mesmo, assim como não consegue controlar seus movimentos.
Complexas: aqui, o paciente perde a consciência.
Crise Tônico-clônicas, também conhecida como convulsão: mais forte, esta crise pode causar perda de consciência e devido aos movimentos involuntários causar ferimentos além dos apresentados comumente.
Crise Tônicas: crise de pouca duração que não causa perda de consciência, mas rigidez nos braços e pernas.
Crise Mioclônicas: caracterizando como uma crise mais fraca, este tipo causa a sensação de choque, podendo apresentar espasmos ou dormência do músculo.
Crises de ausência: também sendo uma crise mais leve, a de ausência mostra-se como uma “desligada” do cérebro, em que o paciente mantém seus olhos abertos e piscando rapidamente, seu corpo fica sem movimentos. Pode durar até 20 segundos.
Em geral, os sintomas de epilepsia são bastante agressivos e podem se diferenciar conforme o tipo de epilepsia. Veja exemplos:
Neste caso, os sintomas são bastante nítidos, pois, geralmente, leva o paciente a contrair todo o músculo do corpo, morder a língua, salivar e, em casos ainda mais extremos, urinar.
Neste tipo, o principal sintoma é a ausência de reação. Então, por curta duração, o paciente não reage, assim como mantém o olhar fixo a um local. Ou então, apresenta piscadas ou movimentos automáticos das mãos.
Porém, num geral, os sinais e sintomas de epilepsia podem ser:
Ainda, as crises focais de epilepsia podem gerar sintomas mais psicológicos e sensoriais, como:
Após uma crise que apresente perda de consciência, é possível que o paciente sofra com déficit de memória ou sensação de confusão.
Também, crises com duração maior que 30 minutos são extremamente agravantes, podendo afetar consideravelmente as funções cerebrais. O mesmo conta para um alto número de crises em curto espaço de tempo.
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O diagnóstico da epilepsia é realizado através do histórico do paciente, com base na frequência e agressividade das crises, a idade do paciente, demais sintomas e histórico familiar.
Exames de imagem, como tomografia de crânio (TC), ressonância magnética (RM) e eletroencefalograma podem ser solicitados a fim de contribuir com o diagnóstico do paciente.
O tratamento de epilepsia pode ser feito de diferentes formas, um deles é por tratamento clínico, ou seja, por medicamentos que evitam a sobrecarga anormal no cérebro e que podem, ou não, ser utilizados a longuíssimo prazo, esse medicamentos são denominados “fármacos antiepilépticos”.
Com o tratamento medicamentoso é possível controlar consideravelmente as crises. No entanto, o tratamento cirúrgico também é uma opção quando o medicamento não se adequa muito bem ao quadro específico do paciente, principalmente frente a uma epilepsia refratária.
As possíveis cirurgias para esse caso são a duas: a retirada da parte afetada (contanto que seja pequena e não afete o funcionamento cerebral) e; aplicação de eletrodos que buscarão regular os impulsos elétricos após uma crise querer começar.
Outros tipos de tratamento para epilepsia podem ser mencionados, como:
Epilepsia tem cura, é preciso, apenas, seguir o tratamento que melhor responde ao quadro do paciente. Assim, no futuro não haverá nenhuma limitação, permitindo a ele uma vida normal.
Quanto antes realizar o diagnóstico, maiores a chance e sucesso do tratamento, podendo oferecer uma boa qualidade de vida ao paciente. Você pode marcar a sua consulta agora mesmo.
Gestantes que apresentarem epilepsia e precisarem de tratamento devem ser muito bem orientadas, pois, é indicado evitar medicamentos anticonvulsivantes, considerando que afetam a formação do bebê.
Assim, o profissional saberá instruir corretamente tendo a ciência do quadro. O tratamento pode ser realizado com 5mg de ácido fólico durante a gestão e o uso da vitamina K no 9º mês de gestação.
É importante, ainda, que a paciente busque manter a calma e evitar tudo que possa causar a epilepsia.
Devido a agressividade de uma crise de epilepsia, enquanto a ajuda ideal não chega, você deve:
Mesmo com as instruções, não deixe de consultar um médico. Essas crises, além de causar ferimentos externos, podem danificar ainda mais a saúde cerebral do paciente. Por isso, somente médicos especializados podem diagnosticar e tratar corretamente um caso de epilepsia.
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Algumas das causas da epilepsia podem ser prevenidas, portanto, sim, dá pra prevenir a epilepsia. Para isso, é necessário cuidar da saúde, principalmente se o paciente possui:
Além disso, o acompanhamento pré-natal realizado adequadamente pode reduzir consideravelmente a chance de epilepsia causada por anóxia neonatal.
Evite também dormir pouco, beber álcool exageradamente e conviver com luzes estroboscópicas.
Gostou de saber o que é epilepsia e seus tipos? Então, não deixe de conhecer outros tópicos da neurologia com nossos artigos.
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