Dentre as complicações microvasculares, a neuropatia diabética apresenta maior prevalência, levando a maiores taxas de internações hospitalares, amputações não traumáticas e incapacidade.
Por isso, fique sempre de olho nos sintomas, principalmente se o paciente possui diabetes. Para saber como prevenir, o que é a neuropatia diabética e todo processo de tratamento, é só continuar a leitura.
Confira!
A neuropatia diabética, como o nome indica, é uma das complicações da diabetes. Essa neuropatia caracteriza-se pela degeneração progressiva dos nervos, gerando:
Há casos em que o desenvolvimento da neuropatia diabética é lento, portanto, o paciente não sente muitos sintomas inicialmente. É com o tempo que formigamentos, dores em extremidades e sensação de queimação surgem.
A neuropatia diabética é mais comum em pacientes que possuem a doença diabetes e não realizam o tratamento de forma adequada, possuindo níveis de açúcar muito altos no sangue.
Segundo uma publicação na Revista Nature, acredita-se que 26% das pessoas que sofrem de diabetes tipo 2 apresentam neuropatia diabética já no momento em que o diabetes é diagnosticado.
A glicose, resumidamente, seca os vasos. Os vasos periféricos são finos e com a subida abrupta da glicose, esses vasos se fecham, não realizando o envio de nutrientes aos nervos periféricos, causando a morte desses condutores.
Esse processo acontece com todo tipo de neuropatia, incluindo, a neuropatia diabética.
No entanto, não é só com o aumento da glicose que as chances para a doença aumentam ou progridem, mas, também, por meio da elevação de triglicérides, excesso de peso, tabagismo e pressão alta.
Portanto, variações no metabolismo também podem agravar o quadro de danos em nervos periféricos.
A neuropatia diabética pode demorar para se desenvolver, agravando com o aparecimento de novos sintomas. Ainda, essas manifestações são relacionadas a localização da neuropatia, falaremos mais em breve sobre os sintomas de cada uma das especificações.
Desta forma, os principais sintomas da neuropatia diabética, são:
A depender do grau da neuropatia diabética, o paciente pode perder força, pois nesse processo é prejudicado, primeiramente, os músculos sensitivos, causando a perda da sensibilidade nas áreas periféricas, chegando à musculatura motora, ou seja, a dor, força e o formigamento.
O formigamento e dormências nas mão são sintomas similares, por exemplo, a síndrome do túnel do carpo. Por isso, saiba qual o seu caso e como cuidar corretamente!
Como mencionamos, os sintomas vão se agravando com o aparecimento de novas neuropatias, que irão surgir em localizações diferentes, como:
Os sintomas de neuropatia periférica são os primeiros a aparecerem, pois atinge as últimas ramificações periféricas do paciente, gerando um desconforto e progredindo com a negligência.
Acomete nervos periféricos, portanto, pés, mãos, pernas e braços.
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Muito comum ao diabético, a neuropatia autonômica acomete o sistema nervoso autônomo, ou seja, não voluntário, responsável por controlar várias ações independentemente do corpo, como pressão cardíaca e sanguínea, produção de saliva e ácido no estômago, órgãos sexuais e quantidade de suor.
Desta forma, os sintomas podem ser: tontura, queda de pressão, falta ou excesso de suor e problemas intestinais e digestivos.
A neuropatia proximal ou amiotrofia, comum em idosos, pode acometer os nervos inferiores, além do abdômen e tórax.
Neste quadro, perde-se a função de nervos responsáveis por musculatura, sensibilidade e reflexo, causando a atrofia da musculatura do ombro para o restante inferior do corpo.
A mononeuropatia ou neuropatia diabética focal, acomete apenas um único nervo, por isso, (mono)neuropatia.
Por exemplo, o nervo reto lateral do olho, quando acometido, pode prejudicar a visão do paciente.
A mononeuropatia é o oposto da polineuropatia. A polineuropatia diabética é a degeneração simultânea de diferentes nervos periféricos, causando uma série de sintomas, ocasionando em doenças, como câncer, diabetes e doenças autoimunes.
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Veja, abaixo, uma imagem representativa dos 4 tipos de neuropatia diabética:
Legenda: A) Polineuropatia simétrica distal, B) Radiculoplexopatias, C) Neuropatias focais compressivas, D) Neuropatia autonômica.
É muito importante se atentar aos sintomas e entender qual o quadro do paciente. A neuropatia diabética pode causar a atrofiação de nervos e ausência de sensibilidade levando, em casos graves, à amputação.
A neuropatia diabética é diagnosticada pelo neurologista e/ou pelo endocrinologista, uma vez que é analisado o histórico do paciente em relação à doença.
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Para diagnosticar esta neuropatia será necessário realizar alguns exames que analisem a estrutura muscular, reflexo, tendões e sensibilidade à temperatura, por exemplo.
Desta forma, o exame feito para diagnosticar a neuropatia diabética é o eletroneuromiografia, que mede as descargas elétricas produzidas nos músculos.
Além disso, para diagnóstico e tratamento adequado, é necessária a história clínica do paciente, além de minucioso exame neurológico e complementares, na tentativa de identificar sinais de comprometimento de fibras nervosas.
Caso você se pergunte se a neuropatia diabética tem cura, a resposta é não, mas é controlável, assim como a diabete.
Como tratamento para a neuropatia diabética é preciso, antes de tudo, ser feito com o auxílio de um profissional, a fim de entender o nível da neuropatia e qual o melhor tratamento considerando o histórico do paciente.
Os tratamentos para a neuropatia diabética pode incluir:
Num todo, é essencial realizar consultas com diferentes áreas da medicina, uma vez que a neuropatia diabética atinge trato urinário, pressão arterial e outros órgãos e nervos.
Como você já sabe o que é neuropatia diabética e que ela é gerada pelo aumento de glicose no sangue, como forma de prevenção é necessário cuidar dessa elevação, realizando o tratamento da diabete corretamente.
A neuropatia diabética não é o único problema acarretado pela doença diabetes, por isso, tomando os cuidados necessários o paciente evitará uma série de outras possíveis doenças.
Por isso:
Segundo estudos, ainda de 2016, entende-se que o diagnóstico realizado precoce e corretamente possibilita o adequado tratamento, evitando-se a progressão da neuropatia diabética e complicações graves.
Gostou de saber o que é neuropatia diabética e quer saber mais sobre o assunto, então, recomendamos essa rápida leitura:
Se você ou alguém próximo possui essa ou qualquer outro tipo de dor, realize o tratamento adequado e viva com muito mais qualidade. Fale com um especialista!