Segundo a fonte American Association Of Neurological Surgeons, a incidência de casos de glioblastoma é de 3.21 a cada 100.000 pessoas, sendo um dos mais comuns tumores malignos.
Trata-se de um tumor cerebral bastante agressivo que corresponde a 50% de todos os tumores primários cerebrais. Desta forma, requer tratamento imediato para tornar a qualidade de vida do paciente menos desconfortável.
Com o avanço da doença, o paciente pode evoluir para um quadro de inconsciência. Ainda, o glioblastoma multiforme possui um público principal em específico, os idosos.
Saiba mais sobre o que é glioblastoma multiforme, seus graus, sintomas e como realizar o tratamento.
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Glioblastoma, ou glioblastoma multiforme (GBM), é um tipo de tumor cerebral maligno bastante agressivo, classificando-se como de grau IV. Ele está presente, mais frequentemente, nos hemisférios cerebrais, porém, se espalha para diferentes áreas por meio de vasos, fascículos cerebrais e disseminação subpial.
Comumente, a doença se manifesta em pacientes masculinos com mais de 60 anos, no entanto, pode aparecer com bastante frequência em pessoas acima de 45 anos.
Quando diagnosticado, os pacientes com tratamento ativo podem viver com a doença por 1 a 2 anos. Porém, já houve quadros em que o paciente sobreviveu 5 anos com a doença (3 a 5% dos casos). Sem o tratamento, a chance de sobrevivência é de 3 meses.
Assim, quanto antes diagnosticado e tratado, mais fácil será para tornar a qualidade de vida do paciente muito melhor.
A origem do glioblastoma multiforme ainda não é conhecida, no entanto, anomalias genéticas, radioatividade ionizante, incluindo radioterapia, consumo de álcool e infecção com vírus, como HHV-6, são fatores que contribuem para o aparecimento da doença.
Ainda, este tumor pode se desenvolver partindo de células de gila normais, ou seja, células presentes no sistema nervoso, na qual sua função é isolar, nutrir e apoiar os neurônios; e por astrotocina de baixo grau (tipo de tumor cerebral).
No cérebro há células chamadas astrócitos, que tem por função nutrir, já que ligam suas ramificações a capilares sanguíneos. É exatamente nesta célula que o glioblastoma surge, sendo esse um tipo de astrocitoma de grau V (o mais agressivo), falaremos mais sobre os graus do glioblastoma abaixo.
Devido a característica multiforme do glioblastoma, é possível que este tipo de tumor possua diferentes formas e variações, gerando diferentes sintomas e exigindo tratamentos específicos para cada caso. Veja algumas das várias formas de um glioblastoma multiforme:
Agora, entenda melhor quais são os graus do glioma:
Glioma grau I: comumente em crianças, esse tipo de tumor é mais raro e pode ser tratado com cirurgia. Possui um crescimento lento e não realiza infiltração, portanto, pode ser curado.
Glioma grau II: Assim como no I, este apresenta crescimento lento, porém, possui capacidade de infiltração no tecido cerebral. Ao não ser diagnosticado e tratado corretamente, pode facilmente se desenvolver e tornar-se um glioma grau III ou IV, como o glioblastoma multiforme, incurável.
Glioma grau III: Este tumor já apresenta crescimento rápido e sintomas mais agressivos. Aqui a chance de infiltração no tecido cerebral é bastante alta.
Glioma grau IV: Também conhecido como glioblastoma grau 4, ou glioblastoma multiforme, este tumor possui crescimento avançado, sintomas agressivos e chance certeira de infiltração. O tratamento pode auxiliar na melhoria da qualidade de vida do paciente. Este grau é mais frequente em adultos de 35 a 70 anos de idade, porém, pode aparecer em diferentes idades.
O glioblastoma de alto grau tem um rápido crescimento, independente de cirurgia. Ainda que o tratamento remova 99,99% do tecido neoplásico, aquela mínima porcentagem infiltrada no tecido é capaz de se multiplicar. Há casos em que após a cirurgia, em apenas 30 dias, o tamanho do tumor voltou a ser do tamanho inicial.
O glioblastoma é um tumor que pode ser silencioso, ou seja, ele não produz sintomas e quando o faz (ao atingir tamanho significativo) é de forma acelerada.
Mas, em geral, os sintomas do glioblastoma podem variar bastante de acordo com a localização do tumor, porém, dentre eles, há alguns que aparecem com maior frequência. Confira:
*Os sintomas grifados merecem ainda mais atenção, pois indicam o envolvimento do lobo frontal e/ou temporal.
Há outras doenças, como AVC (acidente vascular cerebral) que podem gerar esses mesmos sintomas, por isso, é preciso realizar o diagnóstico com o profissional corretamente, a fim de diminuir as dores.
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Fique atento aos sintomas, com o avanço da doença eles poderão se intensificar e tornar a qualidade de vida do paciente bastante dificultosa sem o tratamento adequado.
O diagnóstico do glioblastoma é realizado pelo profissional neurologista. Os exames realizados contam com:
Geralmente, nestes exames o glioblastoma multiforme é mostrado como lesões em anel, assim como muitos outros tumores e doenças cerebrais. Por isso, pode ser realizado mais de um exame. A biópsia, por exemplo, é um diagnóstico mais certeiro.
O tratamento do glioblastoma pode ser considerado um pouco mais severo, uma vez que, atualmente, não há nenhuma forma conhecida para prevenção e nem mesmo a cura. Sendo assim, os tratamentos podem incluir:
Após a cirurgia do glioblastoma, é bastante recomendado a temozolomida, que é um tipo de terapia medicamentosa adjuvante deste tipo de tumor, que busca intoxicar as células tumorais. Assim como medicamentos inibidores da enzima COX-2, a fim de prejudicar a produção de novos vasos sanguíneos.
Ainda, os esteróides podem ser utilizados para auxílio da diminuição da dor e desconforto durante o tratamento, no entanto, devem ser utilizados em altas doses.
Apesar de qualquer tratamento, o glioblastoma multiforme é uma doença recidivante, assim, ela pode retornar, independente do método de retirada. Por isso, os atuais tratamentos têm o maior objetivo de aumentar a sobrevida do paciente e com menos desconforto possível.
Felizmente, a imunoterapia, tratamento com base em recursos imunológicos, têm se mostrado eficaz e promissores. Portanto, ao procurar um profissional, verifique se esta é uma possibilidade no quadro em específico.
Atenção: pacientes gestantes, amamentando ou com mielossupressão não podem realizar muitos dos tratamentos do glioblastoma. Não deixe de repassar todas essas informações antecipadamente ao seu médico.
David Servan-Schreiber, um neuropsiquiatra francês, foi diagnosticado com câncer no cérebro e, posteriormente, com glioblastoma em lobo frontal. Em seu tempo de vida pós-diagnóstico, ele publicou um livro, chamado “anticâncer”, explicando o que aprendeu e como foi sua experiência.
David viveu 20 anos após o diagnóstico do primeiro câncer.
Gostou de saber mais sobre o que é gliobastoma multiforme, a sobrevida do paciente e os graus? Então, conheça outros tratamentos para tumor e câncer, leia nossos artigos e fique por dentro.
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