Síndrome dolorosa complexa regional (dor complexa regional)
Os quadros de dor complexa regional sucedem uma lesão dos tecidos corporais, geralmente tem localização distal, e apresentam intensidade e duração que excede a esperada pelo evento desencadeador. Ou seja, o indivíduo apresenta uma lesão de algum segmento corporal e evolui com dor intensa, crônica, desproporcional ao evento que a causou.
Como dividimos os quadros de dor complexa regional?
Dividimos a síndrome dolorosa complexa regional em Tipo I e Tipo II.
Síndrome Dolorosa Complexa Regional tipo I:
Antigamente denominada distrofia simpático-reflexa, se caracteriza por alterações autonômicas, motoras e sensitivas que extrapolam a área de lesão inicial, sendo decorrente de lesão tecidual outra que não lesão de nervo periférico.
Síndrome Dolorosa Complexa Regional tipo II:
Neste caso, o evento inicial é a lesão de nervo periférico, ocorrendo as manifestações secundariamente a esta lesão.
Quais são as principais causas da dor complexa regional?
A principal causa é o trauma das extremidades, incluíndo esmagamento e queimaduras. Outro fator de risco extremamente importante é a imobilização da extremidade e o comportamento doloroso.
Como a síndrome de dor complexa regional se manifesta?
As principais manifestações são Dor, Edema (inchaço), alterações da cor e da temperatura da extremidade, alterações tróficas nas extremidades e a presença de distonia.
Existe alguma opção de tratamento?
Existem diversos tratamentos disponíveis. O melhor é a prevenção. Orientação em relação a evitar a imobilização é fundamental, além disso estratégias de enfrentamento do quadro de dor, evitando o comportamento doloroso, são a base do tratamento. Existem também diversas opções de medicamentos por via oral e medicamentos tópicos. Tratamento através de bloqueios do sistema simpático são efetivos em algumas fases desta doença. Recentemente, o uso da estimulação medular se mostrou eficaz no tratamento dos casos refratários, sendo uma opção bastante promissora.