Saiba tudo sobre macrocefalia e como tratá-la!

A macrocefalia pode ser um susto ao ser diagnosticada, mas nem sempre deve ser tratada como doença. É preciso identificar do que se trata exatamente para, então, realizar o tratamento adequado e proporcionar uma boa qualidade de vida.

Neste artigo, você descobrirá o que é macrocefalia e quando ela é uma característica, sintoma ou doença, além de muitas informações sobre o tema. 

Boa leitura!

O que é macrocefalia?

A macrocefalia é a condição em que o bebê nasce ou desenvolve um crânio maior que o normal para sua idade, etnia e sexo. É uma condição rara e que, se obtém acúmulo de líquido LCR, pode impactar no desenvolvimento físico, cognitivo e motor da criança.

O atraso mental é uma das características geradas pela macrocefalia no cenário mencionado acima, assim, a aprendizagem, memória e capacidade de atenção são prejudicados. Convulsões também podem ser notadas em alguns casos.

A macrocefalia nem sempre indica problemas de saúde, ela pode se identificar como uma característica física. É importante manter o acompanhamento profissional nos primeiros 2 anos de vida do paciente, analisando se o perímetro cefálico (PC) possui uma medição saudável a respeito da circunferência da cabeça do bebê.

O pediatra, naturalmente, medirá o PC após o nascimento, identificando se há ou não possíveis diagnósticos. O crescimento natural da cabeça do bebê em meses se da com as seguintes medidas:

• 3 meses de vida: cresceu 2 cm por mês
• 6 meses de vida: cresceu 1 cm nesse período
• 24 meses de vida (2 anos): cresceu meio cm nesse período

Como é um bebê com macrocefalia?

O bebê com macrocefalia terá o tamanho da cabeça maior que o normal, vamos falar um pouco sobre medidas para que você entenda melhor. Para isso, nos baseamos em estudos e análises da OMS e WHO.

• Bebê recém-nascido com 37 a 42 semanas de gestação: PC igual ou superior a 34 cm. Abaixo de 34 cm, há hipótese de microcefalia (oposto a macrocefalia).
• Geralmente, são considerados não-natural quando o PC possui valores superiores a dois desvios-padrão acima de 95% do comum para sexo, idade, raça e histórico familiar.

Nas imagens abaixo, veja as medidas do PC para outros cenários:

Essas são medidas que podem variar conforme o sexo, tempo de gestação e outros fatores. 

Com a epidemia Zika Vírus, por exemplo, a OMS alterou as medidas do PC normal, na qual recém-nascido passa a obter um PC normal de 31,9 em meninos e 31,5 em meninas (ambos com 37 semanas de gestação). Há uma força para padronizar essas referências em todos os países. 

Contudo, apenas o profissional poderá realizar o diagnóstico exato e, então, se necessário, o tratamento. Por isso, opte por marcar uma consulta: fale com o Dr. Thiago.

O que causa a macrocefalia?

Há diferentes causas da macrocefalia, com a criança ainda sendo gerada ou já nascida, e nem sempre elas são claras ao profissional neurologista. Vamos mencionar abaixo as principais delas:

• Genética ou familiar (Causa comum do 0 mês aos 6 meses)

A causa genética ou familiar, frequentemente, é benigna. Trata-se de um desenvolvimento natural associado ao tamanho do crânio familiar. 

• Acumulo de líquido LCR, ou cefalorraquidiano (Causa comum do 0 mês aos 6 meses)

O acumulo de líquido LCR, ou cefalorraquidiano, é um caso de macrocefalia que requer tratamento clínico na grande maioria dos casos. Neste quadro, o acúmulo de líquido  gera um aumento de pressão cerebral e então o inchaço do cérebro, resultando na hidrocefalia. 

Conheça as 9 causas e mais de 20 sintomas da Hidrocefalia

• Infecções por vírus durante a gestação (Causa comum do 0 mês aos 6 meses)

Principalmente nos 3 primeiros meses de gestação, as infecções congênitas como sífilis, rubéola, toxoplasmose e citomegalovírus podem causar tanto a macrocefalia como a microcefalia.

• Complicações no parto (Causa comum do 0 mês aos 6 meses)

A hipóxia (redução do aporte de oxigênio para o cérebro) também é um agente causador da macrocefalia no bebê.

• Má formação ou tumores (causa comum dos 6 meses aos 2 anos)

Malformações vasculares, tumores ou cistos congênitos, sangramento intracraniano e hematomas crônicos são consideravelmente emergentes em bebês e crianças pequenas e também podem indicar a causa da macrocefalia.

• Síndromes genéticas de Morquio ou de Hurler

Síndromes genéticas de Morquio ou de Hurler podem desenvolver tanto macrocefalia como hidrocefalia, por possuírem um crescimento do PC.

Fique atento, pois há quadros de doenças que também desenvolvem a macrocefalia (idade superior a 2 anos) e necessitam de tratamento específicos. Confira alguns exemplos:

• Mucopolissacaridose
• Esclerose tuberosa
• Hipofosfatemia
• Osteoporose
• Histiocitose
• Raquitismo
• Lipidose

Se alguma doença dessa lista é familiar ao quadro, marque já sua consulta

Quais os tipos de macrocefalia?

Veja os dois tipos de macrocefalia:

• Macrocefalia Primaria

Também chamada de constitucional, a macrocefalia familiar é o tipo de quadro causado por etiologia genética. Ela se caracteriza pelo aumento do PC, conforme mencionado e está associada a algumas outras doenças de síndrome genético, dentre elas:

• Acondroplasia;

• Síndrome de Sotos;

• Neurofibromatose;

• Esclerose tuberosa;

• Síndrome de BeckwithWiedemann.

• Macrocefalia Secundária

O segundo tipo trata-se da macrocefalia secundária. Geralmente, são causadas por doenças ósseas sistêmicas e encerramento das suturas cranianas que se ocorrem precocemente. Algumas dessas patologias são:

• Osteogênese imperfeita

• Hipofosfatemia

• Osteopetrose

Sintomas da macrocefalia

Existem diversos sintomas da macrocefalia, alguns mais visíveis, outros nem tanto. O principal deles é o PC fora do normal, ou seja, a circunferência do crânio do bebê ser muito maior, resultado numa cabeça avantajada.

Mas, para além desse potente sintoma, os paciente com macrocefalia pode sentir/possuir:

• Atraso neuropsicomotor e social
• Descoordenação de movimentos
• Movimento irregular dos olhos
• Deficiência intelectual
• Incapacidade física
• Fraqueza muscular
• Sono em excesso
• Falta de apetite
• Irritabilidade
• Hemiparesia
• Convulsões
• Cefaleia
• Vômitos

São muitos sintomas, mas, na grande maioria dos casos, a macrocefalia benigna não afeta o desenvolvimento psicomotor, físico e mental. No entanto, é uma queixa comum da macrocefalia familiar.  

A macrocefalia em crianças já maiores pode ser caracterizada pela dificuldade no aprendizado, problemáticas na fala, falha de memória, estrabismo e um crescimento anormal mais lento. Em adultos, a falha na memória e a incontinência urinária são sintomas comuns.

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Médicos estudiosos constataram que o atraso do desenvolvimento e a presença de sinais neurológicos focais são sinais de alarme no contexto de avaliação de uma criança com macrocefalia.

Diagnóstico da macrocefalia

O diagnóstico da macrocefalia pode ocorrer em diferentes etapas da vida do bebê. Entenda melhor com funciona em cada quadro:

• Diagnóstico no pré-natal: alguns casos de macrocefalia podem ser identificados nos exames de ultrassom do pré-natal, geralmente entre o segundo e terceiro trimestre, em que se é possível medir o PC do feto.
• Consultas pediátricas: após o nascimento, são realizadas visitas frequentes ao pediatra. Este é o segundo momento em que o profissional poderá notar o quadro de macrocefalia. Ao identificar que há uma alteração na curva de crescimento craniano ou PC do bebê, é realizado o encaminhamento a um neurocirurgião.

Com o encaminhamento ao neurologista, o profissional irá realizar alguns exames para diagnosticar a macrocefalia ou outras opções. Algumas opções são:

• Anamnese (entrevista costumeira e generalizada)
• Tomografia Computadorizada (TM)
• Ressonância Magnética (RM)
• Exames de sangue
• Análise familiar
• Radiografia
• PC

Com esses exames é possível diagnosticar e avaliar o desenvolvimento da doença naquele paciente. Por isso, é importante que apenas o profissional especializado realizar o diagnóstico e tratamento.

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Qual exame detecta macrocefalia?

Alguns dos exames utilizados para detectar, ou excluir, a macrocefalia são:

• Ultrassonografia Transfontanelar ou  ecografia cerebral: não invasivo, ele realiza a visualização das estruturas cerebrais através da moleira.

Tratamento da macrocefalia

O tratamento da macrocefalia irá variar conforme o diagnóstico, mas nem sempre será necessário opções a longo prazo ou invasivas. Vamos às opções:

• Em quadros benignos e de progressão lenta: acompanhamento profissional para análise e controle da macrocefalia.
• Em quadros de hidrocefalia ou macrocefalia maligna: encaminhamento cirúrgico para drenar o LCR em excesso no cérebro. Veja outros tratamentos para hidrocefalia!
• Em quadros assimilados a doenças: será necessário tratar a doença causadora primeiro.
• Em quadros que afetam condições psicomotoras: fisioterapia, medicações, fonoaudiologia.

Casa haja dor, vômitos e convulsões, o profissional poderá receitar remédios para proporcionar um maior bem-estar do paciente.

Cirurgia para macrocefalia

A cirurgia para macrocefalia é bastante delicada, principalmente se o paciente nasceu a pouco tempo. 

Trata-se de um dreno, inserido para direcionar o LCR a outras partes do corpo, deixando de estar em excesso na região afetada. A válvula utilizada gera bons resultados, melhorando a qualidade de vida do paciente, no entanto, ela pode atrair infecções. É preciso realizar acompanhamentos periódicos com seu neurocirurgião.

Quanto ao pós-cirúrgico da cirurgia de macrocefalia, pode ser consideravelmente lento. Irá depender de alguns fatores, como idade e  desenvolvimento da doença.

Entenda como é realizada a cirurgia de hidrocefalia, em passos. 

Macrocefalia tem cura?

Sim, pode haver cura para macrocefalia. Em casos de macrocefalias familiares, ou seja, que não são quadros clínicos, mas sim características físicas familiar, não é necessário nem mesmo tratamento, exceto se houver cefaleia e vômitos.

Apenas o profissional poderá julgar cada quadro especificamente e responder se, naquele cenário, há cura para macrocefalia.

Dúvidas frequentes sobre macrocefalia

Verifique se a sua dúvida sobre o que é macrocefalia está contida abaixo:

1. Qual é a diferença entre macrocefalia e hidrocefalia?

A diferente entre macrocefalia e hidrocefalia é, na verdade, o tratamento e diagnóstico, pois os sintomas são bastante parecidos. Ambas as condições são caracterizadas pelo tamanho avantajado da cabeça do bebê. No entanto, a macrocefalia, não necessariamente, é um quadro clínico, já a hidrocefalia é a certeza de que há acúmulo de LCR nos ventrículos cerebrais. 

O tratamento é consideravelmente emergente em qualquer um dos casos em que há acúmulo de LCR. Saiba mais sobre hidrocefalia neste artigo. 🙂 

2. Qual é a diferença entre macrocefalia e microcefalia?

A macrocefalia é condição em que ocorre aumento da circunferência craniano por diferentes motivos, ou seja, a cabeça é maior que o comum para pessoas da mesma idade; já a microcefalia é o inverso, portanto, é a condição em que a circunferência craniana é menor que o normal.

Recomendamos a leitura de um relato de caso de 2021, em que se fala sobre um quadro de  hidrocefalia externa benigna (HEB). O objetivo é mostrar que nem sempre a macrocefalia é um maligno:

• Macrocefalia no lactente: nem sempre um sinal ominoso

Gostou de saber o que é macrocefalia e quer saber mais sobre outras doenças, então, recomendamos diversas leituras do nosso blog. 🙂

Se você ou alguém próximo possui essa, ou qualquer outro tipo de dor, realize o tratamento adequado e viva com muito mais qualidade.  Para saber mais ou marcar sua consulta, entre em contato com o neurologista de SP, Dr. Thiago pelos meios:

• Whatsapp: (11) 97572-5770
• Telefone: (11) 4111-7587
• E-mail: contato@drthiagorodrigues.com

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