Tumor cerebral em criança é o segundo tipo de tumor mais comum, atrás, apenas, das leucemias.
Não há como prevenir o mesmo, mas há formas de detectar e tratar da forma correta. Por isso, saiba os sintomas do tumor cerebral em criança e seus tipos.
Continue a leitura e entenda.
Tumor cerebral é o crescimento de um grupo de células mutadas. Essas células formam uma massa de células incorretas num crescimento acelerado. O tumor cerebral ainda não tem sua causa, mas acredita-se que fatores genéticos sejam os principais fatores para o desenvolvimento da doença, que pode ser benigna ou maligna.
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Os tipos de tumores cerebrais mais comuns nas crianças são:
Os gliomas são muito comuns nas crianças. Mas o que são os gliomas? Glioma é um termo inespecífico, que se refere a tumores que nascem das células da “Glia“.
Estas células da glia existem para dar suporte e sustentação aos neurônios, que realmente são as células que executam as funções cerebrais.
Existem gliomas mais circunscritos, como por exemplo o astrocitoma pilocítico da fossa posterior e existem gliomas mais difusos, como por exemplo o glioma de tronco cerebral.
Os tumores da região da pineal (região adjacente à glândula pineal) são relativamente frequentes nas crianças. Destacam-se os Pineocitomas (astrocitomas da região da pineal), os Pineoblastomas (um tipo de PNET) e os germinomas.
Os craniofaringiomas são um exemplo de tumores cerebrais em crianças. Ocorrem na região adjacente à haste hipofisária e ao hipotálamo e, desta forma, a sua ressecção completa e radical, gera uma série de sequelas hormonais quase impossíveis de serem corrigidas.
Existem basicamente dois tipos de craniofaringiomas: Adamantinomatous e Papilar. O craniofaringioma predominante na infância é o adamantinomatoso.
Legenda: Há diferentes tipos de tumores cerebrais em criança e para cada um deles, um tratamento.
As células germinativas deveriam se concentrar nas gônadas: testículos nos meninos e ovários nas meninas.
Porém, muitas vezes, ocorre o aparecimento de tumores de células germinativas no cérebro, particularmente na região supraselar e na região da glândula pineal.
O tumor mais comum dentro deste grupo é o Germinoma, porém existem outros tipos, por exemplo:
Os tumores embrionários são sempre malignos. Podem ocorrer em qualquer idade, porém predominam nas crianças. Os principais exemplos são os Meduloblastomas e os PNETs.
Nas crianças, existe um grande número de tumores cerebrais em uma região específica chamada fossa posterior. Nesta localização, os principais tipos tumorais são:
Os sintomas dos tumores cerebrais nas crianças são bastante variados, dependendo do tipo tumoral e de sua localização dentro do sistema nervoso central.
Muitas vezes, um achado evidente ao exame físico é o crescimento progressivo do Perímetro Cefálico, decorrente do próprio tumor ou mais frequentemente decorrente de Hidrocefalia Associada.
Além disso, tumores cerebrais em crianças podem ser observados pela parada do desenvolvimento Neuropsicomotor, com um aparente atraso na aquisição de funções (a criança demora para andar e demora para falar).
Quando ocorre hidrocefalia secundária (decorrente de um tumor cerebral), a criança costuma queixar-se de dor de cabeça e pode apresentar vômitos. Além disso, o desvio do olhar (um aparente estrabismo convergente) pode sinalizar hipertensão intracraniana.
Nos tumores da região selar (próximos ao hipotálamo), a criança pode apresentar atraso no crescimento e mesmo a chamada obesidade hipotalâmica.
Nos tumores cerebrais da fossa posterior, um achado comum é o torcicolo. Devido a irritação das raízes nervosas cervicais, ocorre um torcicolo progressivo, que muitas vezes chama a atenção para o diagnóstico.
Num geral, os sintomas mais frequentes dos tumores em cerebrais em criaçãs, são:
O tratamento destes tumores cerebrais em crianças evoluiu muito nas últimas décadas. Diversos fatores contribuíram para isto, incluindo:
Hoje em dia, muitos tumores cerebrais em crianças são passíveis de cura. Em outros, consegue-se o controle mesmo no longo prazo.
Um tipo de tumor que passou por importantes modificações em relação ao seu tratamento foi os craniofaringiomas. Num passado recente, tentava-se a ressecção total cirúrgica.
Atualmente, opta-se por uma cirurgia mais conservadora, com a preservação integral da haste hipofisária a qualquer custo (percebeu-se que a lesão da haste hipofisária está associada a baixa estatura e obesidade hipotalâmica grave).
Além disso, uma situação muito comum que ocorre junto com os tumores cerebrais em crianças é a hidrocefalia. Isto porque muitas vezes as massas tumorais obstruem o fluxo liquórico, impedindo a correta circulação do líquido cerebroespinhal. O tratamento da hidrocefalia também melhorou muito nas últimas décadas.
Em síntese, os principais tratamentos para tumor cerebral em criança, são:
Além dos aspectos técnicos relacionados ao tratamento de crianças com tumores cerebrais, a participação multidisciplinar é fundamental.
Isto inclui o neurocirurgião, o pediatra geral, o neuropediatra, a fisioterapia, o apoio psicológico ao paciente e seus familiares, o suporte social (pois muitas vezes é necessário longos deslocamentos aos centros especializados).
De fato, o diagnóstico pode assustar, mas há formas de tornar a qualidade de vida do paciente muito mais otimizada atualmente, e nós, neurologistas, trabalhamos para esse objetivo.
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Este texto foi produzido pelo Dr Thiago Rodrigues, Neurocirurgião, CRM 140571, RQE 59016.